História e significado do índice da massa corporal.
Interesses de outras medidas antropométricas

Traduzido para Português no âmbito da iniciativa PerMondo (traduções gratuitas das páginas web e documentos para associações sem fins lucrativos). Projeto dirigido por Mondo Agit. Tradutor: Paulo Paz ; Revisor: Jose Antonio Govatski

Autora(s):

Marie Françoise Rolland-Cachera Marie Françoise Rolland-Cachera
MF Rolland-Cachera é médica especializada em Nutrição. O seu principal campo de
pesquisa é sobre a epidemiologia da obesidade infantil.
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Mouna Akrout Mouna Akrout
Professora Assistente da Universidade Manar II, na
Ecole Supérieure des Sciences et Techiques de la Santé-ESSTST (Escola Superior de
Ciências e Tecnologias da
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Sandrine Péneau Sandrine Péneau
Sandrine Péneau é Professora Pesquisadora Associadada
Universidade de Paris 13
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Resumo

A definição da obesidade na infância originou-se na definição usada para a subnutrição. Os índices de peso por idade e do peso pela altura são ainda recomendados para definir o sobrepeso em crianças. O uso do adipômetro para medir as dobras cutâneas e circunferências é também recomendado. Por muitas razões, o uso do índice de massa corporal(IMC) está a crescer O índice é baseado no peso e altura que são medidas facilmente disponíveis e confiáveis.Tal índice é correlacionado com a porcentagem total da gordura corporal avaliada por outras medidas fundamentais da composição corporal. Assim como os adultos, o IMC em crianças está associado com a morbidez e mortalidade.Muitas referências de IMCs estão disponíveis. O uso correto dessas várias referências é essencial. Isto facilitará comparações entre os estudos e populações e ajudará a identificar os fatores responsáveis pela alta prevalência da obesidade infantil.

Introdução

O status nutricional em crianças é avaliado com base na composição corporal e nos parâmetros de crescimento. A desnutrição e a obesidade são definidas como um déficit ou excesso de gordura corporal. Critérios objetivos são necessários para identificar os graus de status nutricionais. Definir a subnutrição e obesidade consiste em escolher uma medida adequada de gordura corporal, e um corte adequado.Em contraste com adultos que possuem um acordo geral de cortes ao definir os índices de status nutricionais, em crianças uma extensa gama de definições gerais está disponível. As descrições e recomendações da GRUPO EUROPEU DE OBESIDADE INFANTIL (GEOI OU ECOG) para o seu uso foram recentemente lançadas (1). O status nutricional é geralmente avaliado usando o índice de massa corporal (IMC). Em adultos, os pontos de cortes que definem os níveis de magreza foram avaliados pelas medidas metabólicas básicas (2) e os níveis de sobrepeso foram baseados na associação entre o IMC e a mortalidade (3,4). As crianças crescem em tamanho, de modo que os cortes antropométricos precisam ser ajustados por idade. Os níveis de status nutricional referem-se às distribuições da população por cada idade e gênero. O status do peso, tanto em crianças quanto em adultos, está associado à morbidade. Então, a validade clínica do IMC deveria ser também considerada em crianças. As diferenças entre as várias referências são baseadas na população e nos métodos usados para definir os cortes (1 Dada a dificuldade levantada por essa pletora de definições, é importante esclarecer as suas origens, o método usado para definir as categorias e as direções para o seu uso. A descrição do IMC e outras medidas antropométricas foram previamente desenvolvidas em um livro do (GEOI OU ECOG) (5). Aqui, iremos apresentar os passos para os métodos atuais utilizados e a evidência para selecionar tais métodos.

 

Medidas Antropomórficas para definir o status nutricional

As medidas diretas para o total da massa corporal, EX.: peso hidrostático, absorciometria bifotónica de raio X (DEXA) tomografia computadorizada ou imagem por ressonância magnética (IRM) fornecem valores confiáveis da massa corporal, mas são inapropriados na prática clínica de rotina por causa da falta de dados retrospectivos disponíveis, altos custos e dificuldades técnicas. Não obstante, tais técnicas são úteis para validar os métodos baseados em medidas antropométricas. A antropometria é o único método universal aplicável, barato e não invasivo disponível para acesso ao peso, formato e composição do corpo humano. Reflete tanto a saúde quanto a nutrição,fatores de risco e sobrevivência (6). As medidas mais usadas para prever a gordura são os adipômetros de medição de dobras cutâneas, circunferências e peso e altura.

 

Dobras cutâneas, circunferências e peso e altura

Medidas de dobras cutâneas

As medidas avaliam a espessura da gordura subcutânea, mas também predizem o total e porcentagem da gordura corporal (7). Em crianças, as dobras cutâneas do tríceps são melhores do que a subescapular para prever a porcentagem da gordura corporal, conquanto a dobra cutânea subscapular seja melhor do que os tríceps para prever a gordura corporal(8). A gordura corporal pode ser prevista a partir de equações baseadas em dobras cutâneas. Estas foram estabelecidas para adultos e então adaptadas para crianças (9 No entanto, como são populações específicas e podem não ser aplicáveis em qualquer indivíduo, especificamente aqueles com crescimento anormal.A distribuição de gordura localizada pode ser acessada pelo tronco (Ex.: subescapular) e dobras cutâneas da extremidade (EX: tríceps). A relação entre dobras cutâneas e o tecido intra abdominal adiposo (TAIA) assim acessado pelo DEXA foi examinado em crianças (10). As dobras cutâneas, particularmente aquelas registradas na região do tronco, trazem as melhores previsões de TAIA do que a relação tronco/- dobra cutânea da extremidade. Similarmente, as dobras cutâneas, particularmente aquelas registradas na região do tronco, trazem as melhores previsões dos fatores de riscos cardiovasculares do que a relação tronco/extremidade (11). Além disso, as dobras cutâneas na região do tríceps são mais sensíveis às intervenções nutricionais (12).

Circunferências

São usadas para avaliar o status nutricional no campo da subnutrição (3). Esta medida é particularmente útil porque utiliza um aparelho barato, um bom instrumento para avaliar a massa muscular na região do braço e do tecido visceral adiposo na região da cintura (13,14). As fórmulas baseadas na circunferência do braço e dobras cutâneas foram desenvolvidas por Gurney e Jeliffe (15).Elas calculam as áreas do braço assumindo que o braço e as suas partes são cilíndricos. As gorduras da área do braço não são melhores do que as dobras cutâneas para estimar a porcentagem da gordura do corpo mas são sistematicamente melhores do que as dobras cutâneas correspondentes para avaliar à massa de gordura do corpo (16). A vantagem deste método é que é possível avaliar tanto as partes magras quanto as gordas. Porém, este método tradicional subestima a gordura (17). Após algum tempo, outra fórmula simples baseada no mesmo princípio e medidas foi desenvolvida.(18). Este método fornece mais avaliações precisas da gordura corporal, particularmente nas pessoas obesas. As medidas de circunferências na região da cintura, quadris e coxas são usadas para prever a distribuição da gordura corporal. Nas crianças, ambas as circunferências da cintura e coxa são bons previsores de TAIA ( tecido adiposo intra abdominal) (10). Isto pode explicar o porquê da relação cintura/quadril (RCQ) ser um previsor ineficiente de TAIA em crianças. Aqui também, medidas únicas (circunferências da cintura e quadril) são as melhores previsoras dos fatores de riscos cardiovasculares do que o RCQ (11). Em crianças, a circunferência do quadril é positivamente associada com os fatores de riscos cardiovasculares (11). Esta descoberta é um pouco diferente dos resultados encontrados em adultos, no qual a circunferência do quadril está associada a riscos menores. A dobra cutânea do tronco/extremidade parece melhor que a RCQ ao prever os fatores de riscos cardiovasculares ou hiperinsulinemia em crianças e adolescentes (11,19). A relação cintura/altura que prevê a adiposidade central (DEXA) (20) é um índice valioso para selecionar as crianças com riscos de doenças cardiovasculares. Outra vantagem é de que a redução de 0,5 identifica as crianças em risco, independente de idade ou sexo. (21,22).

– Medidas de peso e altura

O peso e a altura são altamente disponíveis. Estas medidas são facilmente aceitáveis para o sujeito e mais reproduzíveis do que a das dobras cutâneas. Em crianças, o uso do peso por idade é recomendado pela Organização Mundial de Saúde-OMS (3,23) para avaliar o status nutricional. Assim como o peso é altamente associado à idade, o mais indicado: peso por altura específico pode ser usado. As tabelas e gráficos de peso por idade e de peso por altura foram originalmente usadas para avaliar a desnutrição e são também ainda usadas para avaliar o crescimento e perda de peso (23). Os valores referentes ao peso por altura têm a vantagem de não usar a idade que é frequentemente desconhecida em países em desenvolvimento. Porém, os métodos baseados no peso por idade ignorando a altura, ou do peso por altura ignorando a idade, são menos precisos do que os índices do peso por altura levando o peso, altura e idade em conta.

 

Unidade usada para expressar medidas

Os valores antropométricos ajustados são expressados em diferentes formas: a procentagem mediana, percentis e Z-scores (pontos de padrões de medida).

– A porcentagem mediana é 100 vezes a medida dividida pela mediana ou a média de referência pela idade da criança (ou no caso do peso por altura, o peso é dividido usando a mediana pela altura da criança). Este método não leva em conta as mudanças na extensão e assimetria da distribuição do IMC por idade e sexo. Este limite é importante para avaliar o sobrepeso, mas menos importante para a subnutrição.

– Para os percentis, a medida é marcada em um gráfico e o percentil intercalado das curvas de crescimento.

– As medidas padrão Z-scores são altamente relacionadas aos percentis e indicam o número de desvios padrão nos quais a medida da criança situa-se acima ou abaixo do valor da referência média ou mediana.

A porcentagem da média é a mais simples das três formas para calcular e tem sido usada por mais tempo. Os percentis são fáceis de ler no gráfico e são também bem compreendidos pelos pais. Se a medida é normalmente distribuida, então os percentis e os pontos padrão Z-scores são intercambiáveis. Caso contrário, o método de suavização LMS ( SISTEMA DE LEITURA POR MÉDIA/MEDIANA), que leva as características de distribuição em conta, deve ser usada (24).

 

Os índices de massa corporal: o índice da massa corporal

Correlações com a altura e a massa corporal

O ajuste do peso tanto pela altura quanto pela idade pode ser alcançados usando os índices principais da forma peso/medida.A seleção de índices foi inicialmente baseada em baixas correlações com a altura e altas correlações com o peso e a massa corporal. Como regra, peso/altura2, o índice de Quetelet ou o IMC, representa a mais baixa correlação com a altura, exceto em meninos na adolescência, onde o P/A3 mostra a mais baixa correlação com a altura (25,26) e os primeiros gráficos IMC foram construídos no decorrer da infância (25) (figura 1a). Ao contrário do peso/altura3 no qual diminui firmemente, o IMC tem ambas as fases ascendentes e descendentes (25,26) as quais são similares ao desenvolvimento da espessura da dobra cutânea subescapular (27) (figura 1B). A similaridade entre o desenvolvimento do IMC e as mais diretas medidas de adiposidade é um argumento maior para promover o IMC em detrimento dos outros índices.

Figura 1: O desenvolvimento da Massa de Índice Corporal (MIC) (25), a dobra cutânea subescapular (27) e a massa muscular avaliadas pelo índice de área do músculo do antebraço (18) em meninas (3o,25o, 50o, 75o e 97opercentis Dados de referência de um estudo francês (27).

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Figura 1a: Índice de Massa Corporal (kg/m2)

 

 

 

 

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Figura 1b: Dobra Cutânea Subescapular(mm)

 

 

 

 

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Figura 1c: Área do músculo do antebraço(AMA) (cm2)

 

 

 

 

Validade em um índice de adiposidade referente à associação com a composição do corpo (28). O IMC foi encontrado –com mais facilidade do que outros índices na previsão da gordura do corpo (29).Isto foi altamente correlacionado com a porcentagem da gordura do corpo pela DEXA(30,31). Por tais razões, o IMC é agora usado internacionalmente para as crianças.

 

A validade clínica do IMC

A validade dos indicadores da composição corporal e o status nutricional devem ser também baseados nas associações com os índices presentes e futuros de morbidade e mortalidade . Muitos estudos têm sido realizados relacionando peso por altura à subsequente mortalidade em crianças (26). A medida ideal da altura nos índices de peso/altura para avaliar o risco de morte também foi determinado dentro do contexto das crianças desnutridas. O IMC foi o mais escolhido do que outros índices e mais do que o ponto padrão Z-score de peso por altura (32).

O IMC é associado com os índices de morbidade e mortalidade em adultos(33).Em crianças e adolescentes, têm sido demonstradas associações entre o IMC, ou mudanças no IMC, e aumento na pressão arterial, o perfil –de suscetebilidade à lipoproteína, diabetes não-dependente de insulina e lesões de arterosclerose (34). A associação entre o IMC infantil e a mortalidade adulta foi examinada em dois estudos acompanhados. No estudo de crescimento Harvard, as meninas e meninos com sobrepeso tiveram um aumento de risco de morbidade associada à obesidade quando comparados aos adolescentes magros (35). Em outro estudo baseado no grupo de Boyd Orr, sujeitos que quando crianças estavam acima do 75opercentil de IMC sofreram maiores riscos de mortalidade por doenças cardíacas isquémicas do que sujeitos que tinham o IMC entre o os 25oe 49o percentis (36). Além disso, o estudo apresentou uma relação não linear (em forma de J) entre o IMC e a mortalidade. Os sujeitos que estavam abaixo do peso na infância -sofreram também um risco de mortalidade por qualquer causa comparado àqueles com peso normal. Esse padrão de crescimento é consistente com o aumento da mortalidade associada com ambos os tipos de IMC, alto e baixo, previamente descritos em adultos (33).

 

As características associadas com a obesidade

Além do alto índice de armazenamento de adiposidade, as crianças obesas demonstram outras características. Comparadas com crianças não obesas, elas têm a estatura e a massa muscular aumentadas(37), maturidade precoce (38), melhor distribuição de gordura corporal (39), e meninas obesas têm menstruação precoce(40). Esses parâmetros deveriam se ter em mente, já que podem ajudar a explicar o mecanismo que resulta na obesidade. Assim como a obesidade, eles são associados com os altos riscos de saúde (19, 41).

 

Rastreamento

Muitos estudos têm examinado a persistência (rastreamento) da adiposidade da infância para a fase adulta. A probabilidade de que a obesidade infantil persistirá na fase adulta depende da idade da avaliação do desenvolvimento inicial individual em que a adiposidade esteja caracterizada pelo rastreamento da infância até a fase adulta, enquanto que as idades posteriores, os adolescentes mais gordos têm um alto risco de obesidade na fase adulta (42-44).Além disso, os estudos retrospectivos têm mostrado que a maioria dos adultos obesos não tinham sobrepeso no início da vida (42). A magnitude do rastreamento é um aspecto importante para ser considerado quando se for definir a obesidade nas crianças. Deve-se levar em conta o tratamento ou estratégias de prevenção.

 

O efeito sanfona da adiposidade

Definição

Em média, um aumento no IMC ocorre durante o primeiro ano de vida. O IMC subsequentemente declina e alcança um círculo mínimo aos 6 anos de idade, antes de iniciar um aumento sustentado até o fim do crescimento (figura 1a). Este desenvolvimento é semelhante aos outros padrões de adiposidade tais como as dobras cutâneas (figura B), mas claramente difere do desenvolvimento da massa magra que cresce firmemente com a idade (figura 1c). O ponto do valor mínimo IMC (o ponto mais baixo da curva do IMC) que precede a segundo crescimento no IMC foi nomeado como recuperação da adiposidade (RA)(45).

O baixo rastreamento entre a infância precoce e tardia pode ser melhor compreendido ao se examinarem as curvas individuais do IMC (figura 2). Em média, a RA ocorre aos 6 anos de idade, mas em casos individuais pode ocorrer mais cedo ou mais tardiamente (43,45). Muitos padrões principais surgem. A maioria das crianças gordas no início da vida juntar-se-á à média do IMC após uma recuperação da adiposidade tardia (>6 anos de idade), enquanto as outras permanecerão gordas após uma recuperação da adiposidade precoce. Crianças magras podem juntar-se à média em uma recuperação da adiposidade precoce ou permanecerem magras após uma recuperação da adiposidade tardia.Contudo,um número de crianças magras torna-se gorda após recuperação da adiposidade precoce (caso da figura 2). As suas curvas do IMC cruzam o percentil de cima E juntam- se aos níveis de sobrepeso somente muitos anos após o a RA. Este padrão indica que em muitos casos, o sobrepeso diagnosticado na adolescência na verdade tem a sua origem bem mais cedo na vida.

history-and-meaning-of-the-body-mass-index-2

TRADUÇÃO DA FIGURA: weight= peso, height=altura, girls=meninas, overweight area=área de sobrepeso, underweight area= área abaixo do peso, age=idade, years= anos.
Figure 2: Quatro exemplos do desenvolvimento do Índice de Massa Corporal: caso 1, criança gorda com um ano de idade, permaneceu gorda após uma recuperação precoce de adiposidade (2 anos); caso 2, uma criança gorda com um ano de idade, não permaneceu gorda após um recuperação de de adiposidade.tardia (8 anos);caso 3, uma criança magra com um ano de idade, tornou-se gorda após uma recuperação de adiposidade precoce(4 anos e meio);caso 4, uma criança magra com um ano de idade, permaneceu magra após uma recuperação tardia de adiposidade (8 anos), (apud Rolland Cachera (43)).

 

 

 

 

As mudanças frequentes no nivel de IMC através do crescimento explica que a adiposidade adulta está prevista pelo nível de IMC antes da idade de RA (42,43). Uma RA precoce é também associada com o avanço da idade óssea refletindo no crescimento acelerado (45). Este indicador de desenvolvimento de adiposidade é uma ferramenta útil para prever uma adiposidade futura e investigar determinantes precoces da obesidade adulta.

 

As trajetórias individuais do IMC associadas com um RA precoce ou tardio

As trajetórias do IMC são importantes para considerar os padrões do IMC ao invés do nível de IMC são associados aos os riscos metabólicos tardios (46-48).

Baseadas nas curvas percentis construídas em secção transversal tem-se sugerido (49,50) que uma recuperação de peso precoce seja um fator de risco para ganho de peso tardio porque identifica crianças nas quais o IMC é maior na recuperação do peso. (por exemplo o ponto mais baixo das curvas do IMC ocorrem no 97o do que no 3o percentil de IMC na figura 1A Sem embargo , os estudos longitudinais examinam os padrões de IMC associados a RA precoce (51) que mostra o nível de IMC em ou antes de um RA que ainda seja normal (52-55). Geralmente mais baixo (43,45-48,55-58). Dados do estudo longitudinal Elance (59) confirmam este padrão particular. As crianças com um RA precoce têm um IMC mais baixo antes da recuperação e valores mais altos após (figura 3A). Este padrão é associado aos riscos metabólicos tardios (46-88,55). Em contraste, as trajetórias que exibem o maior IMC através do crescimento provavelmente não estão associadas com os mesmos ricos metabólicos (51). Então, baseado em todos os estudos examinando os padrões de IMC, fica claro que uma recuperação de adiposidade ocorre na ausência do IMC concorrente elevado ou no IMC precoce (51,58) e sugestões anteriores (49,50) de que uma recuperação precoce preveja o sobrepeso tardio ja que o IMC é mais alto na recuperação não são cientificamente comprovadas.

Figura 3: O desenvolvimento do Índiceda Massa Corporal (IMC), na estimativa da área da gordura do antebraço (EAGA) e a estimativa da área do músculo do antebraço (EAMA) (18) de acordo com a idade na reação da adiposidade em 40 homens e 33 mulheres do estudo francês longitudinal Elance (51,59) ( RA precoce

Para as comparações entre os grupos de reação precoce e tardia (ANOVA), todos os valores foram convertidos em Z-scores levando em conta o gênero (as diferenças estatísticas entre os grupos de reação precoce e tardios foram: P<0,001 desde os 6 anos pelo IMC, P<0,001 desde os 8 anos pelo EAGA e P<0,05 dos 10-14 anos pelo EAMA).

history-and-meaning-of-the-body-mass-index-3a

Tradução da figura: Early=precoce, late=tardia
Figura 3a: Índice de Massa Corporal IMC(kg/m2) de acordo com a idade doAR

 

 

 

 

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Figura 3b: Estimativa da área da gordurado braçoEAGB (cm2) de acordo com oAR

 

 

 

 

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Figura 3c: : estimativa da área do músculo do braço EAMB (cm2) de acordo com a idade do RA.

 

 

 

 

A recuperação da adiposidade é uma recuperação da massa corporal magra ou gorda?

Um grande número de estudos que investiga o valor da previsão do RA apresenta que um RA precoce está associado com o sobrepeso tardio (43-61). Contudo, se um RA precoce reflete um aumento de massa corporal gorda ou magra, é algo que tem sido questionado. Um estudo que acompanha crianças do nascimento aos 21 anos de idade apresentou que um RA precoce foi significamente associado com o IMC maior e a dobra cutânea subescapular na idade de 21 anos de idade(43). Muitos estudos têm mostrado que as mudanças no IMC durante o período RA foram causadas especificamente pela alteração na gordura corporal ao invés da alteração na massa magra (53, 62), mas outros estudos descobriram que uma reação precoce foi também associada com a massa magra (54,63). Finalmente, usando o dado de estudos longitudinal Elance dos sujeitos envolvidos do nascimento até os 20 anos de idade (59,64), o padrão das regiões gordas e magras, as áreas da gordura e músculo do braço estão baseadas na circunferência do braço e medidas das dobras cutâneas do bíceps foram usadas (18). As crianças que têm um RA precoce tinham áreas de gordura no braço maior do que as de 8 anos de idade (P<0,01) (figura 3b). A área do músculo era significativamente maior na idade dos 10 e 14 anos de idade em sujeitos com uma recuperação precoce (P< 0,05) (figura 3c). Em resumo, como uma regra, o IMC aumentado no tempo do RA principalmente reflete um aumento na gordura em vez de massa magra. Estas observações justificam o uso dos termos “recuperação de adiposidade.” inicialmente propostos(45).

 

A definição presente da obesidade infantil

Diferentes referências de crescimento

Muitas curvas de crescimento estão disponíveis para definir os índices de status nutricionais (1), principalmente o IOTF (65) e Cole et Al.(66) OMS (67,68), CDL (69). As curvas da OMS são descritas em outro capítulo no livro.
O esclarecimento das definições do status nutricional em crianças publicado pelo (GEOI OU ECOG) em 2011(1). As seguintes recomendações foram propostas: 1. O uso das definições da IOTF e da OMS para avaliar a prevalência do sobrepeso e obesidade infantil e o uso Cole et al. 2007 e as definições da OMS para a prevalência da espessura; 2. As definições adicionais (CDC e referências nacionais) poderiam também ser usadas para fornecer mais oportunidades de comparações de prevalência entre estudos; 3. O uso dos padrões da OMS ( 0 a 5 anos de idade) e preferências (5 a 19 anos) em estudos clínicos envolvendo a avaliação de crescimento para melhorar a compatibilidade entre resultados; 4. Sempre afirmar explicitamente a definição usada e usar os termos exatos correspondentes a cada definição, claramente afirmando se o termo de sobrepeso inclui ou não a obesidade e especificamente qual definição está sendo usada para avaliar o défict de peso; 5. Quando possível, realizar as medidas corporais adicionais, incluindo as circunferências do braço e cintura, dobras cutâneas e a análise bioelétrica de impedância; 6. Realizar as medidas antropométricas de acordo com os procedimentos padronizados.

Observe que desde que as recomendações (GEOI OU ECOG) foram publicadas (1), os cortes IOTF para sobrepeso (65) e Cole et al. para expessura (65) foram reunidas em uma publicação recente (70).


Terminologia

Um consenso para o uso da única referência parece ser difícil de obter, mas há outro problema importante que poderia ser facilmente resolvido. As recomendações (GEOI OU ECOG) são para usar os termos exatos correspondentes a cada definição. Por causa da inconsistência das terminologias existentes para definir os níveis do sobrepeso, a informação ambígua é frequentemente encontrada na literatura. Até existe uma concordância geral que segundo o critério IOTF, a prevalência estimada do sobrepeso em crianças européias é de cerca de 20% (71). Tal prevalência inclui todas as crianças com um IMC maior do que a curva percentil que combina com o valor de 25 aos 18 anos Apesar de que a terminologia CDC pode ser confusa, a média entre os percentis IOTF 25 e 30 é com frequência inapropriadamente chamada de “sobrepeso”, assim fornecendo informações incertas. Seguindo sugestões anteriores(72), poderiamos concordar simplesmente em simplificar a linguagem como no caso dos adultos(3), fazer uso em todas as definições a terminologia comum “Grau 1” e “Grau2″ de sobrepeso em crianças (Tabela 1). Em uma segunda fase, os termos tais como ” risco de sobrepeso” ou “obesidade” poderiam ser usados em diferentes contextos. Isto poderia ser particularmente útil em clínicas onde a terminologia poderia ser adaptada de acordo com a idade da criança e possivelmente outros parâmetros familiares, evitando o jugamento ou estigmatização (73). O uso universal do “Grau 1” e “Grau 2” do sobrepeso em crianças melhoraria a comunicação, fornecendo claramente diferentes definições e particularmente utilidades para as comparações internacionais.

history-and-meaning-of-the-body-mass-index-table-1

Tradução da Tabela 1: Current terminologies for children= Terminologias atuais para crianças, BMI levels corresponding to adults cut off= níveis BMI correspondendo aos cortes de adultos, thinness= espessura, normal range= intervalo normal, overweight= sobrepeso, all thinness categories= todas as categorias de espessura, centile= percentil, non obese= não obeso, obesity= obesidade, nutrition condition based on height- age, weight- age or weight-height= condição de nutrição baseada em altura-idade, peso-idade ou peso- altura, possible risk of OW=risco possível de sobrepeso, severe thinness= espessura grave, proposed common terminology for children(as for adults)= terminologia comum proposta para crianças (assim como para adultos), 1st step terminology= 1o passo da terminologia, Grade= grau.
Tabela 1: A definição de status nutricional: terminologias usadas pela IOTF, OMS e CDC e proposta de uma definição comum (72).

*Em um segundo passo, outros termos como ” em risco de sobrepeso” etc… pode ser usado de acordo com o contexto (clínico, epidemiológico…)

 

**Outros graus como o 3 OW (30<BMIbCole TJ, Lobstein T. Pediatr Obes 2012 (70) cPadrões de Crescimento da OMS (67) dOMSEscola de referência de Crescimento da OMS crianças de 1 ano de idade e adolescentes(68) eKuczmarski et al. CDC Datos da tabela de crescimento de 2000 (69)

 

 

 

 

 

Conclusão

A avaliação do status nutricional é essencial para as propostas clínicas, epidemiológias e pesquisas. Os métodos precisos da composição corporal assim como o DEXA tornam-se mais usados, porém o método útil para definir os graus de status nutricional deveria usar indicadores baseados em medidas disponíveis mais fáceis. Estes também deveriam prever a gordura do corpo e os fatores de riscos. Em relação aos diferentes aspectos, o IMC parece ser um bom indicador de adiposidade em crianças. Porém, ao usar os métodos adicionais para avaliar a composição do corpo é recomendado melhorar a interpretação das medidas do IMC.As referências de crescimento são necessárias para definir status nutricionais em crianças. Uma única referência deveria ser preferível, mas na ausência de tais consensos é particularmente importante ter informação sobre indicadores apropriados a serem selecionados, a instrução de seu uso e interpretação. O melhoramento do conhecimento da definição do status nutricional fará com que sejam feitas comparações interdisciplinares mais válidas e ajude a identificar os fatores responsáveis para uma alta taxa de obesidade infantil.

 

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